Doenças Hipertensivas na Gravidez: Educação e Intervenção no Hospital dos Cajueiros

Buscando entender os desafios enfrentados pelos profissionais no trabalho com gestantes, a Área Pedagógica e Científica do Hospital Geral dos Cajueiros mergulhou no complexo mundo das doenças hipertensivas durante a gravidez. Na sessão clínica, os profissionais acompanharam o caso clínico apresentado por Eugénia Abel, uma médica interna especializada em ginecologia obstétrica, que ofereceu insights valiosos na habitual sessão clínica do HGC.

Eugénia Abel converteu o caso recente de uma paciente que chegou ao serviço médico após uma crise convulsiva. Esta paciente, com aproximadamente 6 dias de gestação, apresentou um histórico preocupante de hipertensão. A situação ilustra vividamente a urgência e a complexidade das doenças hipertensivas na gravidez, que podem não apenas colocar em risco a saúde da mãe, mas também a do feto.
Durante o desenvolvimento da temática, foram abordados os conceitos essenciais das doenças hipertensivas gestacionais. Desde a hipertensão gestacional até a pré-eclâmpsia grave, cada condição apresenta o seu próprio conjunto de desafios e riscos. Eugénia enfatizou a necessidade de vigilância constante e intervenções oportunas para garantir um estágio positivo para todas as gestações afectadas por essas doenças.

“É importante educar o paciente sobre as consequências da doença e as medidas que poderiam ser tomadas para evitar consequências”, disse a médica.

A hipertensão na gestação é uma condição comum, afectando cerca de 6% das grávidas. Ela pode ocorrer como pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, dependendo do grau de comprometimento das funções hepáticas e renais. A pré-eclâmpsia é caracterizada por pressão arterial elevada e proteinúria (presença de proteínas na urina), enquanto a eclâmpsia é uma condição mais grave caracterizada por convulsões.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão na gestação é uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna em todo o mundo.

O Director Pedagógico e Científico do HGC, Bernardo Teixeira, disse que as condutas para pacientes com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia incluem controlo imediato da pressão arterial, monitoramento frequente dos sintomas, educação sobre as consequências da doença e medidas para evitar complicações, consulta regular com um profissional de saúde e tratamento medicamentoso adequado.

O caso clínico apresentado demonstra a importância da atenção pré-natal e da educação em saúde para o tratamento de doenças hipertensivas na gestação. É fundamental que as gestantes consultem profissionais de saúde regularmente durante a gravidez e pratiquem hábitos saudáveis para prevenir complicações.

É missão do Hospital Geral dos Cajueiros fornecer atendimento qualificado e humanizado aos nossos pacientes. Juntos, podemos prevenir complicações e garantir uma saúde melhor para as mães e os bebês.