Bloco Operatório Paralisado desde Julho de 2023

Sabe-se que o mundo do Bloco Operatório pode ser comparado ao mecanismo de um relógio. Um conjunto de peças de tamanhos e formas diferentes que se relacionam numa rede complexa de interacções e onde cada elemento tem a sua função. Esta é uma realidade em que o todo é maior do que a soma das partes; onde cada elemento, por mais simples ou pequeno que seja, é imprescindível para o bom funcionamento do conjunto. Sendo um sector de grande importância, um Bloco Operatório (BO) é uma unidade orgânico-funcional constituída por um conjunto integrado de meios humanos, físicos e técnicos destinados à prestação de tratamento cirúrgico ou realização de exames que requeiram elevado nível de assepsia e, em geral, anestesia (DGS, 2015).

O Hospital Geral dos Cajueiros vive, por esta altura, um momento dificil devido à paralisação deste serviço, mas a boa notícia vem da visita efectuada recentemente pela Responsável do Depósito Provincial de Medicamentos e Equipamentos de Luanda, Isabel Teixeira, para o diagnóstico e pronta resolução sobre funcionamento do Bloco Operatório local. De acordo com a responsavél, a visita serviu para fazer o levantamento situacional dos equipamentos operacionais, que andam paralisados desde o mês de Julho de 2023.

Isabel Teixeira reconhece que o bloco operatório do Hospital Geral dos Cajueiros faz falta aos pacientes como em qualquer unidade hospitalar em que diariamente se procura por estes serviços. Por isso, em nome do Director do Gabinete Provincial da Saúde, Manuel Varela, sirviu-se desta acção para fazer o levantamento situacional para se equiparem os blocos.

“Vamos equipar a sala do bloco operatório, para que brevemente esteja em funcionamento”, garantiu Isabel Teixeira, Responsável do Depósito Provincial de Medicamentos e Equipamentos de Luanda. A visita foi guiada pela Chefe do Bloco Operatório do Hospital Geral dos Cajueiros, Ana Júlio, e testemunhada pelo Director-Geral do Hospital Geral dos Cajueiros, Daniel Café, e outros técnicos.

Ana Júlio encarou a visita da delegação provincial como produtiva. “A equipa trouxe boas propostas ao Hospital, foram anotadas todas as nossas as dificuldades e esperamos que em breve possamos trabalhar”.

A Chefe do Bloco Operatório do Hospital Geral dos Cajueiros disse, também, que os doentes que precisam de operação são por agora transferidos para o Hospital Américo Boa Vida e, em caso de maternidade, para a Maternidade Licrécia Paim. “Quando há necessidade de o paciente ser operado, transferimo-lo para um hospital que tenha condições para tal, nós não operamos para não comprometer a vida do paciente”, disse, acrescentando que a maior parte dos pacientes que precisam de operação no Hospital dos Cajueiros é da maternidade, com uma média diária de cinco transferências.

“O Bloco Operatório no Hospital Geral dos Cajueiros está paralisado desde 17 de Julho de 2023 e para o normal funcionamento precisa de tudo”, finalizou a Chefe do Bloco Operatório do Hospital Geral dos Cajueiros, Ana Júlio.