Ao partilhar o tema “Servir e Cuidar” e a essência de um profissional de saúde na I Jornada Pedagógica e Científica realizada pela direcção do Hospital dos Cajueiros, instiguei os presentes a reflectir sobre a diferença entre o limite da visão e das vistas. Argumentei que a verdadeira visão vai além das acções rotineiras dos profissionais de saúde.
“Se médicos e enfermeiros focarem apenas nas recompensas materiais do seu trabalho, especialmente diante das dificuldades que o país enfrenta, rapidamente poderão desmotivar-se. Essa desmotivação pode impactar negativamente a vida das pessoas que atendem. Por isso, é essencial que olhem com a visão, uma perspectiva profunda que envolve o coração, permitindo uma conexão genuína com o propósito do seu trabalho.”
Além disso, nenhum ser humano, seja profissional ou não, é um produto acabado. O progresso é um processo contínuo que começa com a vontade de crescer. Ao adoptar essa perspectiva, os profissionais já obtêm um ganho significativo.
Acredito firmemente que o Hospital dos Cajueiros tem um impacto considerável no município do Cazenga e não só, devido à sua participação em actividades filantrópicas. Pude constatar a densidade populacional e as condições de precariedade da região. E os médicos, por sua dedicação, tornam-se verdadeiros heróis, atendendo as pessoas com um nível profundo de devoção. Sem perceber, neste sentido os profissionais agem com visão, e não apenas com as vistas.
Por fim, é crucial que os profissionais entendam que cumprem uma missão de vida, não apenas uma profissão. Aqueles que abraçam essa missão são capazes de dedicar-se plenamente, até mesmo de sacrificar-se por ela. Quando somos capazes de entregar-nos por uma causa, estamos prontos para dar tudo de nós em prol desse propósito.