Presidente da República, João Lourenço, reafirmou, quarta-feira (14) em Madrid, Reino de Espanha, o compromisso de Angola em continuar a garantir a sustentabilidade do programa de vacinação em todo o território nacional, com realce para o de rotina.
João Lourenço fez estas declarações durante a intervenção na Conferência Global da Vaccine Alliance (GAVI) sobre o impacto das vacinas, que decorre desde o dia 13 até hoje na capital espanhola.
O Presidente da República fez saber que o Estado angolano assumiu, desde 2017, a responsabilidade de manter o programa de vacinação de rotina, de forma independente, investindo cerca de 25 milhões de dólares americanos anualmente na compra de vacinas, como garantia de que os cidadãos tenham acesso às vacinas necessárias para uma vida saudável.
O Chefe de Estado destacou, na ocasião, os êxitos alcançados pelo país, ao fazer, “com sucesso”, a transição do apoio da GAVI, em 2017, como resultado do compromisso de continuar a financiar todas as vacinas de rotina. João Lourenço fez saber que esta transição demonstrou a dedicação de Angola em sustentar o seu programa de imunização, de forma independente, e garantir que as crianças continuem a receber vacinas que salvam vidas.
Referiu que a pandemia da Covid-19 teve um impacto muito negativo no domínio económico e social em todo o mundo, em que Angola, em particular, não foi excepção.
Disse que as consequências geradas pela pandemia afectaram, também, a prestação de serviços de saúde, tendo provocado uma redução das coberturas de vacinação de rotina, tal como aconteceu em várias partes do globo, sobretudo em países em vias de desenvolvimento. Mas, apesar deste quadro, o Presidente da República assegurou que Angola está a acelerar a recuperação e o progresso da vacinação de rotina, para alcançar a cobertura universal de imunização e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, ciente de que a vacina é um bem comum e um direito de todas as crianças.
“Estamos empenhados em combater o retrocesso na vacinação de rotina com o apoio da GAVI, a identificar e a vacinar as crianças com zero doses, que aumentaram significativamente durante a pandemia”, realçou. Como resultado desses esforços, o Presidente da República disse que uma análise dos dados dos primeiros quatro meses de 2023 indica uma tendência positiva em termos de disponibilidade de vacinas de rotina e um aumento da cobertura de imunização para todos os antigénios, comparativamente ao ano anterior.
Salientou que este progresso encorajador pode ser atribuído aos esforços concertados que Angola empreendeu para mitigar os efeitos adversos da pandemia da Covid-19, integrando a vacinação de rotina nas campanhas de vacinação contra aquela pandemia, diz o Jornal de Angola.
